Pluralis Mundi: Olga (2021)

sábado, 23 de julho de 2022

Olga (2021)

Por Flávio Dias

Oitavo filme do Festival do Rio no Telecine, “Olga” ficou disponível por 24 horas no dia 22 de julho. Em breve o filme volta à grade do Telecine/Globoplay em definitivo no streaming e nos canais lineares da TV paga.

Olga é uma jovem ginasta ucraniana se preparando para competições na Europa. Filha de uma jornalista, em um dia sua mãe a pega no centro de preparação e sofrem um atentado, conseguindo fugir. Preocupada com a situação do país, ela manda a filha para Suíça, país de origem do pai de Olga, para continuar a preparação esportiva e ter dupla cidadania. Logo após sair da Ucrânia, o povo toma as ruas da capital Kiev pedido a renúncia do presidente Viktor Yanukovich. A revolução do povo ucraniano afeta Olga para conquistar medalhas e o sonho olímpico.

Não há muito o que falar de “Olga”. O filme foca na personagem, no sentido de deixar a mãe e seu país, a Ucrânia, para continuar o sonho de ser uma grande atleta. Tem boas cenas no centro de preparação das ginastas, mas fica devendo em interpretações mais convincentes. Não se pode, porém, reclamar, pois o longa tem no seu elenco atletas de verdade. Não houve atrizes fazendo laboratório para encenar piruetas, ou usando dublês. Mostra Olga passando dificuldade em se enturmar, briga com as colegas, machuca o pé, tenta convencer a mãe que tem que voltar para seu país.

O pano de fundo é importante para a trama e o comportamento da personagem, mas ficou grande demais e não evolui a história de Olga. O conflito na Ucrânia em 2013, fez o presidente ser deposto, onde houve muita violência, mortes, a Rússia anexando a Criméia, que antes pertencia a Ucrânia, novas eleições e a entrada do país na União Europeia. Tudo isso entre novembro de 2013 até meados de 2014. Agora em 2022 uma nova guerra com a Rússia traz mortes, destruições, imigração para outros países e muito sofrimento para o povo ucraniano.

O diretor Elie Grappe, em seu primeiro longa, levou vários prêmios pelo seu trabalho por “Olga”, sendo o principal em Cannes pela Semana da Crítica. É um filme curto, meio lento no início, mas depois anda em ritmo bom.

Olga (2021) ⭐⭐⭐

Olga é uma jovem ginasta ucraniana exilada na Suíça. O desgaste dos treinos e a recente revolução em seu país fazem com que o clima de tensão aumente em sua vida.

Título Original: Olga

Direção: Elie Grappe

Roteiro: Raphaëlle Desplechin, Elie Grappe

Gênero: Drama

País: Suíça, França, Ucrânia

Ano: 2021

Duração: 85 minutos

Produção: Point Prod, Cinémadefacto, Canal+, Ciné+, CNC, Pulsar Content, RTS

Distribuição Brasil: Não encontrado

Disponível: Telecine / Globoplay

Fontes:

https://globoplay.globo.com/categorias/telecine-festival-do-rio/